domingo, 22 de agosto de 2010

"confiança" neste senhor?



Sob a mensagem da "confiança", José Sócrates atacou ontem a oposição e, em especial, o projecto de revisão constitucional que está a ser desenvolvido pelo PSD, considerando-o "o projecto mais radical e extremista alguma vez apresentado" em Portugal.

Ora, esta postura do PS, que admite mesmo ser de "oposição" à revisão constitucional, demonstra que, na visão de José Sócrates, não há mudanças a fazer na Constituição, ou se as houver, serão meras alterações cosméticas a um regime que insiste em aumentar a despesa pública e endividar-se face ao estrangeiro.

Em suma, Sócrates está muito contente com aquilo que tem. Não quer mudanças num sistema que já se viu não responder às verdadeiras necessidades do país e do povo português. E aproveita até para lembrar aos portugueses o perigo que poderá trazer uma crise política...

Mas crise, senhor Primeiro-Ministro, é não saber se no próximo mês haverá dinheiro para pagar aos funcionários e aos fornecedores da Administração Pública. Crise é haver cada vez mais jovens a sair da Universidade sem saber onde e quando irão trabalhar, onde e quando irão viver numa casa que possam chamar sua, onde e quando poderão ter uma família...

Crise é haver cada vez mais famílias sem refeições em cima da mesa, porque tudo aumentou, menos os salários. E entretanto, o Governo responde a todos esses problemas com a compra de milhares de novas viaturas, desembolsando 35 milhões de euros.

Porém, o mais preocupante é, perante tudo isto, ver um José Sócrates sorridente pedir "confiança" aos portugueses, ao som do "You got it" de Roy Orbison.

Felizmente, nos dias de hoje, existe uma oposição cada vez mais forte e responsável, que não deixará este Primeiro-Ministro, ao som do clássico de Roy Orbison, fazer tudo o que quer e tudo o que precisa para se manter, a todo o custo, num Governo que Portugal inteiro já percebeu que está a prazo!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

necessário

Estive ontem presente num encontro com jovens das comunidades portuguesas no estrangeiro, organizado pelo Gabinete de Relações Internacionais da JSD e que contou com a presença do Presidente da JSD, Pedro Rodrigues, e o alto patrocínio do Secretário-geral do PSD, Miguel Relvas.

Nesta iniciativa, discutiu-se as grandes dificuldades que os jovens actualmente atravessam em Portugal e as razões que os levam a deixar o país. Foram também contadas, na primeira pessoa, diversas experiências de portugueses que fazem carreira lá fora e que continuam a demonstrar uma enorme vontade em regressar a Portugal, bem com jovens que, não gozando da nacionalidade portuguesa, vivem no nosso país, defendendo-o e admirando-o mais do que muitos de nós - o que nos deixa repletos de orgulho.

Há ainda que salientar a forte mobilização da distrital de Castelo Branco da JSD para esta iniciativa, que, representando uma região que tanto tem sofrido com a emigração, demonstrou a sua preocupação com a matéria, trazendo vários jovens que muito contribuíram para o debate.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

desnecessário

Os incêndios continuam a devastar o país a cada verão que passa e, por mais meios que surjam, tem sido impossível acalmar este flagelo.

Bombeiros, de norte a sul, dão o seu melhor para que Portugal não acabe reduzido a um enorme território coberto de cinzas. Mas o que é feito dos guardas florestais, que tanto contribuíam para a vigilância das florestas? Onde está a sensibilização da população para a limpeza das matas e para o fim das queimadas?

Os governantes continuam a acreditar que basta gastar dinheiro em carros e helicópteros, mas esquece-se que, enquanto não houver um esforço para a mudança das mentalidades, o país continuará a arder, de ano para ano...

domingo, 1 de agosto de 2010

e a exigência, sra. ministra?


Ao ver que já não consegue conquistar os votos dos adultos, o Governo procura agora conquistar a simpatia das crianças. Isto porque só um miúdo se lembraria de acabar com os "chumbos" nas escolas.

A ideia peregrina já recebeu as críticas do PSD, CDS e PCP, que a consideram "grave", "um disparate" e "desqualificante para ensino".

Primeiro, o Governo reduziu a exigência na avaliação, agora aparenta querer acabar com a avaliação em si mesma. A própria ministra apressou-se a explicar que não se pretende baixar a exigência, mas sim mantê-la e que esta medida requer ainda algum debate e ponderação, porque o objectivo é "melhorar os resultados de aprendizagem".

Ora, esta intenção da ministra não demonstra qualquer preocupação com a melhoria do ensino, mas apenas a redução cada vez maior do insucesso escolar, para atingir indicadores europeus, transformando o ensino português num sistema baseado no facilitismo e na mediocridade.

Assim, viveremos enganados numa sociedade em que todos terão óptimas notas, mas ninguém saberá quanto são 2 + 2...

Onde está agora o rigor, sra. ministra? Onde está a exigência? Onde está a qualidade do ensino?

Talvez a próxima proposta seja mesmo acabar com as aulas...