quinta-feira, 21 de outubro de 2010

desnecessário



E está aí o Orçamento de Estado para 2011! Uma previsão de dotações que não trazem nada de bom ao país... São mais impostos e mais cortes na carteira da maioria das famílias que mais atravessam dificuldades.

Pedro Passos Coelho, que no verão se comprometeu a nunca viabilizar um Orçamento que previsse qualquer aumento de impostos, depara-se agora com uma possível vitimização de José Sócrates, caso a oposição em peso rejeite a proposta do Governo e nos obrigue a viver o próximo ano em regime de duodécimos.

Depois de reunir o Conselho Nacional, Passos lançou as suas exigências para a abstenção e parece que, na noite passada, o Governo já se disponibilizou a "negociar", como lhe chama a comunicação social. No entanto era essencial que Sócrates não visse este processo como um negócio, mas como a aceitação de algumas (talvez até poucas) exigências, que correspondem às mais urgentes necessidades do país.

Na verdade, o líder laranja está claramente nas mãos do primeiro-ministro. Se aceitar a proposta do Governo, considerá-lo-ão responsável pela viabilização de um dos piores Orçamentos e, provavelmente, dos piores anos financeiros de sempre. Se, pelo contrário, a sua resposta for negativa, terá todos os políticos, comentadores e analistas (incluindo a sua oposição interna) à perna, que o atacarão pela sua falta de sentido patriótico...

Este estado de coisas não é só uma lição para o Governo, mas também para toda a oposição, que, ao longo destes anos de socialismos, tem sido demasiado branda com José Sócrates. O resultado é um país à beira da bancarrota... O que era absolutamente desnecessário!

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