segunda-feira, 21 de junho de 2010

caminhar na esperança


A passagem do Papa Bento XVI por Portugal, no passado mês de Maio, despoletou dois tipos de reacção: palavras críticas por parte de alguns, mas, por outro lado, um inacreditável movimento de apoio, que encheu praças e avenidas, em Lisboa, Fátima e Porto.

Na verdade, para quem achava que este Papa seria incapaz de mobilizar multidões, as imagens que a comunicação social espalhou pelo país e pelo mundo inteiro foram elucidativas de que Bento XVI não ficou longe de João Paulo II no que toca à simpatia que deixou em Portugal, onde, mesmo a viver um díficil período de crise, os portugueses – cristãos e não cristãos – demonstraram manter a esperança viva.

Estive em 11 de Maio no Terreiro do Paço e senti, junto de mais de 160 mil de pessoas – velhos e novos, de todos os quadrantes – que aqueles foram dias diferentes dos outros, em que todos nos sentimos parte da humanidade, parte do mundo, verdadeiramente universais (katholikos).

Mas sejamos católicos, seguidores de outras religiões, agnósticos ou ateus, é exactamente este espírito de universalidade, este amor entre os povos, que faz com que nos respeitemos uns aos outros, como iguais, e queiramos viver em paz e reforçá-la cada vez mais, com a extrema vontade de fazer melhor pelas nossas sociedades e pelas gerações vindouras.

“Glorioso é o lugar conquistado por Portugal entre as nações”. Que estas palavras ecoem nos ouvidos de todos para que, nos momentos mais difíceis, as recordemos e assim saibamos encontrar em cada um de nós a força que só uma grande esperança nos pode oferecer.

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