Primeiro tentou meter medo à oposição: "ou aprovam o pacote de austeridade, ou vou-me embora". Mas agora que viu que já ninguém o quer no Governo, Sócrates mudou de ideias: "afinal, é capaz de ser melhor não levar as medidas a votos"...
A desculpa é a de o Governo não querer ser responsável pelo despoletar de uma crise política. Mas, na verdade, a razão prende-se mais com o facto de o primeiro-ministro ter descoberto que afinal há muito mais gente a querê-lo fora do Governo do que ele pensava.
Aliás, depois dos comentários de Mário Soares, no DN, à actual situação do país, ontem foi António Costa que criticou a forma como Teixeira dos Santos anunciou as medidas de austeridade. O presidente da Câmara de Lisboa disse mesmo que o ministro se comportou de maneira "desastrada".
Pelos vistos, não é só para o país que o futuro promete ser complicado. Parece que a liderança de Sócrates no PS começa a ficar também numa situação, no mínimo, periclitante...
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