sexta-feira, 3 de junho de 2011

resumo da campanha

"Os principais episódios que marcaram a campanha.

As duas semanas de campanha foram marcadas por vários temas. Contas públicas, a redução da Taxa social Única, passando pela avaliação do Programa Novas Oportunidades, os casos sucederam-se.

1 - Nomeações "ocultas"
Passos Coelho denunciou que o Governo tinha feito nomeações estando já em gestão exigindo à Imprensa Nacional Casa da Moeda que não fossem publicadas em Diário da República. Depois de ter garantido que não foi feita qualquer nomeações, Sócrates acabou por assumir que foram feitas seis nomeações.

2 - Execução orçamental
Um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental que funciona no Parlamento conclui que a execução orçamental dos primeiros três meses deste ano escondeu cerca de 200 milhões de euros de compromissos que não foram pagos. Em causa estão pagamentos de bens e serviços, descontos de funcionários para a Caixa de Previdência e o pagamentos de quotas a instituições internacionais.

3 - Programa Novas Oportunidades
Pedro Passos Coelho exigiu, tal como está inscrito no programa eleitoral do PSD, que seja feita uma avaliação externa sobre a empregabilidade do programa Novas Oportunidades alegando que, em muitos casos, são dados diplomas de "ignorância". Sócrates não mais largou o tema e chegou a contar num comício que "uma das melhores vendedoras da Galp, Arminda Lourenço", o abordou numa área de serviço para elogiar o programa.

4 - Avaliação da lei do Aborto
Numa entrevista à Rádio Renascença, Pedro Passos Coelho defendeu uma avaliação da Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez e admitiu que venha a ser feito um novo referendo sobre o aborto. Apesar de ter votado "sim" no último referendo, o líder do PSD ouviu críticas severas de todos os lados, menos do CDS. Portas foi o único líder partidário que subscreveu a propostas de Passos Coelho.

5 - Redução da taxa social única
Foi o mote de ataque dos socialistas ao programa eleitoral do PSD e o tema marcou toda a campanha. Apesar de ter assinado com a ‘troika' uma redução substancial da Taxa Social Única através de um conjunto de medidas que têm de ser decididas até Julho, Sócrates garantiu, até ao final da campanha, que não dá como fechada a redução da TSU. Passos Coelho assumiu que o seu objectivo é um corte até quatro pontos percentuais até 2015 e que tudo fará para o aplicar o mais rapidamente possível. Sócrates acusa o PSD de não ter estudado o assunto, mas a medida deverá estar "totalmente ajustada aquando da primeira revisão (final de Julho até Julho)", refere o documento da ‘troika', menos de um mês depois do próximo Governo tomar posse.

6 - Novo relatório da ‘troika'
O Governo assinou a 17 de Maio, no Ecofin, o memorando de entendimento com a ‘troika' o que obrigou à alteração das datas fixadas para alguns objectivos. Durante dez dias o País desconheceu os reajustes que foram feitos e que, entre outros aspectos, fixaram uma antecipação da proposta de "redução substancial" da Taxa Social Única. Durante toda a campanha, José Sócrates negou que se tivesse comprometido com um corte "substancial" da TSU.

7 - Manifestações nos comícios do PS
Durante a campanha, a comitiva socialista viveu momentos de tensão permanente. José Sócrates teve saídas controladas mas, em praticamente todos os locais, ouviu críticas à sua governação. Por duas vezes, os comícios do PS foram interrompidos por manifestantes. Primeiro foi em Faro onde algumas pessoas se manifestaram, a menos de 50 metros do comício do PS, contra as portagens nas SCUT. Em Torres Vedras um almoço socialista foi invadido por uma associação de pais de um externato.

8 - Asiáticos nos comícios do PS
O caso foi denunciado pelo "Correio da Manhã" que colocou na primeira página uma foto de apoiantes do PS oriundos do Bangladesh que, a troco de um almoço, foram a Évora dar cor à comitiva socialista. Todas as reportagens mostraram que o PS "angariou" apoiantes na grande Lisboa e levou-os para a capital do alto Alentejo.
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